
Café Graça
Inspirado em sua avó Graciliana, uma mulher cuiabana de sorriso luminoso e alma acolhedora, o projeto celebra a intimidade, o afeto e as memórias que moldaram sua trajetória. Oher, reconhecido nacionalmente com três prêmios da Casa Cor e diversos outros prêmios nacionais, transforma este espaço em uma experiência sensorial que une tradição e modernidade, honrando as raízes culturais do Mato Grosso.
O Café Graça, na CasaCor Mato Grosso, operado pelo Café Sorriso do Gato – um café tradicional de Cuiabá –, traz uma paleta de tons terrosos e texturas naturais que remetem à paisagem do deserto africano e à riqueza da cultura regional cuiabana. Especialista em cores, utilizamos sua expertise para criar um ambiente caloroso e orgânico, que acolhe corpos de verdade, femininos e diversos, representando uma celebração da pluralidade e da história de sua família.
A iluminação do espaço foi cuidadosamente pensada para proporcionar uma experiência de serenidade e conexão. Com uma luz baixa e calma, ideal para momentos de repouso e trocas de olhares sinceros, o projeto prioriza a criação de um ambiente íntimo e acolhedor. Luminárias exclusivas da DSGNSELO, fornecidas pela IT Iluminação de Cuiabá, complementam o design, garantindo um clima harmonioso que valoriza cada detalhe do café.
A curadoria dos móveis soltos traz uma seleção de peças assinadas por designers renomados, como Jaider Almeida, e inclui móveis autorais criados pelo próprio escritório OHMA Design. Cada peça foi escolhida para traduzir a elegância e o equilíbrio entre o tradicional e o contemporâneo, contribuindo para a estética acolhedora e sofisticada do espaço.
A curadoria artística é igualmente impressionante, destacando talentos regionais e nacionais. Um dos pontos altos é o quadro de Marcus Vaz, inspirado em uma foto da família de Oher da década de 1970, que evoca memórias e afetos. Outros artistas regionais, como Paulo Pires, Renan Custódio, e as mulheres de São Gonçalo Beira Rio, trazem a essência do Mato Grosso, enquanto o artista Naner apresenta obras com a técnica de “estiletagem”. O projeto conta também com contribuições de Renan Estúvão, de Salvador; Lorena Bruno, de Minas Gerais; e Nuno Pape, Estúdio Carmine e Estúdio Anderson Angélico, de Curitiba, todos compondo um diálogo artístico cuidadoso e vibrante.
Não é só um café bonito esteticamente, mas um lugar que representa referências negróides, histórias mato-grossenses e a diversidade que enriquece nossa cultura. Do barro das argilas trabalhadas pelas mulheres de São Gonçalo Beira Rio às escolhas precisas de pedras e acabamentos, cada elemento do projeto carrega um pedaço das memórias e da herança familiar do arquiteto.
O Café Graça é mais do que um ponto de encontro; é um santuário de afeto e pertencimento, onde a arquitetura para emocionados convida todos a se reconectarem com suas próprias histórias.
